O que eu quero para o Dia dos Pais - Uma carta aberta para minha filha
20 Jun 2013
Sem gravatas, por favor. Sem abotoaduras ou vale presente. Não quero nenhum presente, verdade.
Garota, se você está lutando para conseguir um presente de último minuto para o Dia dos Pais, aqui está o que eu realmente gostaria — para este ano e os seguintes:
Quero que saiba que o jogo não tem fim. Os esportes que pratica, as faculdades que você faz, os prêmios que acumula, claro, sim, com certeza, eu vou sempre torcer muito alto e você vai dizer, “Eu não conheço esse cara,” e eu vou gritar, “ESSA É MINHA GAROTA!” e você pode até não falar comigo até fazer 30, mas deve sempre saber que apesar de tudo você sempre foi boa no que fez.
Eu quero que você ache um bom amigo. Alguém que levaria um tiro por você, ou que no mínimo não fale merda pelas suas costas.
Não deixe um imbecil anônimo com um teclado determinar o quanto você vale. Você sempre será mais que uma contagem de “like” ou qualquer coisa que seja popular na mídia social na época.
Não, sério, é verdade. Você não iria a um cara maluco na cidade ou para o mendigo que você vê na rua e diria, “Você gosta da minha roupa?” ou “Você me acha bonita?” Isso é ridículo, não é? Quem faria isso? Milhões de pessoas online, todo dia. Eles fazem. Seus amigos e futuros colegas. É algo que eu nunca pensei que teria que lidar quando crescesse, esse monte de estranhos insignificantes, e me aterroriza pensar que é em meio a esta cultura que você vai crescer. Eu só posso esperar que te ajude a lhe guiar para a sua força interior que diz: “Isso é … assustador.”
Ache um péssimo amigo. Alguém que vai te meter em problemas — apenas o suficiente para aprender uma boa lição mas que não precise pagar fiança ou da pílula do dia seguinte.
Quando estiver com uma vontade incontrolável de gritar “Eu te odeio!” e bater a porta, pelo amor de Deus, garota, direcione todo esse raiva pra mim porque se disser essas merdas para sua mãe você não vai acreditar o quanto tempo essa porta vai ficar fechada. Isso não vai ficar assim.
Trabalhe duro.
Não deixe subir a sua cabeça quando as pessoas disserem, “Você é muito esperta!” Porque você tem um pai preguiçoso que pensou que isso era o suficiente e aprendeu depois que as coisas só acontecem com trabalho duro e um pouco de sorte.
Pratique gentilezas mesmo quando não estiver perto de nós.
Todo mundo tem um quê de esquisito e apenas as pessoas realmente legais do universo não esperam terminar a escola para se arriscar!
Quando você encontrar uma pessoa pela primeira vez e no meio de uma conversa estranha não saber o que falar, não diga: “Então … o que você faz?” Ao invés pergunte, “Então … o que você gostaria de fazer por diversão?” Deste jeito você irá conhecer pessoas incríveis no mundo.
Continuando o raciocínio: Não deixe que o trabalho te defina. Ele é uma parte de como você vive sua vida. Não o que você é.
Ache um hobby divertido, um esporte ou um programa voluntário — alguma coisa que te faça sorrir só de pensar.
Escute o que sua mãe diz. Ela sabe do que está falando.
Tente não falar tantos palavrões como seu pai mas venha deitar em meus braços depois de um dia ruim se quiser ouvir alguém dizer, “Fodam-se esses filhos da puta. Você é a melhor!”
Lembre-se disso: Eu nunca vou discutir com um professor pra você. Se você tirar notas ruins, a culpa é sua. Estude mais da próxima vez ou tire as distrações do seu caminho.
Nunca esqueça como trocar um pneu murcho.
Você já sabe como é sentir que seus amigos estão querendo te derrubar sem razão aparente. Não faça isso.
Volte pra mim. Quando estiver velho, de cabelo branco e mal conseguir sair da cadeira e o resto dos velhotes não me deixarem assistir Columbo com eles, eu quero que traga um bom livro e nós vamos sentar, conversar, ler e rir, e vai ser o melhor presente de todos se você segurar minha mão e falar, “Fodam-se esses filhos da puta, pai. Vamos tomar sorvete.”
Este texto é uma tradução do original que se encontra aqui.